Técnicos da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizaram o Circuito Tecnológico - Etapa Milho para levantar dados sobre a safra 2015 do grão. Na pesquisa, constataram que a praga que mais atingiu as lavouras no Estado foi a lagarta do cartucho. Com aplicação de questionários quantitativos e qualitativos, as equipes observaram que 76,6% das áreas de cultivo foram atingidas pela praga. A segunda praga mais observada no campo foi o percevejo barriga verde, que atingiu 52,3% das áreas visitadas. Foi constatado também a pratica do MIP – Manejo Integrado de Pragas por parte dos produtores. Para controlar as pragas observadas, 67% dos agricultores afirmaram ter feito no máximo uma aplicação de inseticida recomendado para a cultura do milho semeado com a tecnologia Bt. Deste total, 31,4% não chegam a executar sequer uma aplicação do defensivo. Ainda de acordo com os dados levantados durante o Circuito Tecnológico - Etapa Milho, é possível observar que mais de 80% dos produtores rurais adotaram área de refúgio. A medida consiste em uma porcentagem do total da área da lavoura plantada sem a tecnologia Bt, para evitar que as pragas se tornem resistentes ao cultivar. “Os produtores precisam seguir as orientações para evitar que as tecnologias dos cultivares Bt tenham quebra de resistência e consigam barrar essas pragas. É importante fazer a rotação de cultivares dos vários tipos de tecnologia Bt, adotando a área de refúgio, por exemplo”, destacou Rafael Pitta, especialista em controle de pragas da Embrapa. O Circuito Tecnológico - Etapa Milho é um evento realizado pela Aprosoja em parceria com a Embrapa. O evento foi patrocinado pela Syngenta e Kleffmann e recebeu apoio do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).